06/08/2013 atualizado às 15:02
TEMPERAMENTO=HUMOR
O “temperamento” e o risco de doença cardiovascular e câncer.
Juntamente com a genética, a ascensão da Medicina Mente-Corpo é o mais importante fenômeno na ciência médica atualmente. Se alguém ainda tem dúvidas da fundamental relação entre a vida psicossocial e a saúde física, mais uma pesquisa surge para mostrar os quão intimamente ligados a mente e o corpo realmente estão. E não é só o estresse o responsável; nosso temperamento e modo de ver a vida também tem tudo a ver com a nossa saúde.
Estudo recente mostra que mulheres pós-menopausa, livres de câncer ou doença cardiovascular foram avaliadas por meio de questionários validados para medir seus níveis de otimismo ou pessimismo (expectativas positivas ou negativas quanto ao futuro) e de hostilidade cínica (incapacidade de confiar e de se relacionar bem com outros).
Após 8 anos de acompanhamento e ajuste para diversos fatores de potencial interferência, as mulheres mais otimistas tiveram significantemente menos doença cardíaca (-11%) e taxa de mortalidade relacionada à doença cardíaca (-30%), e mortalidade total (-14%) do que as pessimistas.
Na segunda parte da pesquisa, as mulheres com escore mais alto em termos de hostilidade e cinismo tiveram uma taxa de mortalidade por câncer 23% maior, e mortalidade total 16% maior.
Esses dados vêm se juntar a um corpo de evidências crescente nessa área, que relaciona fatores psicossociais com o câncer e doenças cardiovasculares.
O desafio agora é pesquisar as intervenções da Medicina Mente-Corpo (como biofeedback, meditação, terapia cognitivo-comportamental, imagem guiada, exercícios de relaxamento e respiração, etc.) que certamente tem o potencial para transformar profundamente a vida psíquica, e consequentemente nossa saúde.
Fonte: Clinico Integrativo